quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Ás de Copas

Acho, relativamente, engraçado o fato da Internet ter sido criada para estreitar laços, mas pelo que observamos por aí acontece o contrário. Redes sociais e aplicativos que mais se parecem com vitrine online, como se uma foto fosse capaz de rastrear o caráter e o sentimento das pessoas. Definimos por intuição visual e ponto. Não existe mais aquele convite para um café, embalado no bate papo recheado de declarações, sorrisos e a perplexidade de não saber o que fazer com as mãos geladas de nervoso.
Sou da época de flertar com o olhar, em seguida marcava para conhecer. Lembro que ao mirar nos olhos alheios, eu já tinha a certeza se rolava química ou não. Para mim os olhos sempre foram as janelas da alma e a forma mais complacente de se apaixonar.
Se eu não fosse casada, certamente eu não me renderia a esses aplicativos. Sou romântica à moda antiga, rapaz! Tudo bem, eu sei que demoraria mais tempo para demonstrar o meu desejo em conquistar, seguramente, este seria o meu diferencial e, possivelmente, o meu curinga para dar a cartada final na redenção do Ás de Copas.
Se você me permite uma recomendação: curta os adventos da Internet com a destreza de um gato selvagem, sobretudo, prefira as nuances e a sabedoria de um idôneo conquistador.

Boa sorte! 

Marcia Magalhães

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