quarta-feira, 21 de novembro de 2018

MELODIA PERFEITA


Eu olho em seus olhos e revisito minhas aldeias de fortalezas, outras de fraquezas.
Eu nunca te disse, mas no seu abraço eu encontro conforto para a minha vulnerabilidade.
Eu me esvazio da tendência humana, para ser simplesmente eu.
Identifico no amor o encontro de dois pudores, de duas vergonhas. Você com essa fachada de “General” do Exército e a voz libidinosa de Motel.
Tenho frustração por não ser pianista, por isso dedilho seu corpo enaltecendo sua composição harmônica.
Separados somos nota Dó, talvez. Juntos, somos a melodia perfeita.
Nosso riso não pode ser uma ameaça. Precisamos ser competentes para sermos felizes e fortes o suficiente para aceitar que a perda pode ser uma opção. E a renúncia, uma escolha.
Então, vamos seguir, criar bons momentos para rivalizar com os ruins.
Seremos surpresa dentro da nossa rotina... sempre!
Escolheremos o amor para nos sentirmos vivos, e assim contemplar a liquefação dos nossos corpos, onde nosso desejo é combustão.
E como dizia Camões: “Nosso amor é fogo que arde sem se ver”.
Me queimo em ti, ardendo sem doer.

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